madeira aguardente de cana

Aguardente de Cana da Madeira

Aguardente de Cana da Madeira

Mar 24, 2020

Aguardente-de-Cana

A Aguardente de Cana é uma bebida bastante conhecida na ilha da Madeira. É uma bebida de cor clara, quase transparente, quando produzida há relativamente pouco tempo, ou de cor mais escura caso tenha sido produzida há mais tempo. É uma bebida resultante da fermentação alcoólica do sumo da cana sacarina. Aconselha-se vivamente que prove esta bebida típica caso visite a Madeira!

Aguardente de Cana Madeira

A História da Aguardente-de-Cana

A Aguardente não foi originalmente criada na ilha da Madeira, mas sim no Brasil. No entanto, já faz parte da nossa cultura há longínquos anos. Foi no ano de 1649, que o termo “aguardente” apareceu pela primeira vez na documentação madeirense. Também neste ano, a palavra “aguardenteiro” foi associada a “aquele que faz aguardente”. Contudo, a sua existência na vida dos madeirenses é, provavelmente, anterior a isso.  

A Madeira começou a ser associada à aguardente ao ganhar a alcunha de “ilha da aguardente”. Desde o século XVI, que está testemunhada no património documental da Madeira, ou seja, já é muito antiga a sua valorização na história local. Foi também, no primeiro quartel do século XX, tema de debate social e político, como um problema relacionado com a saúde pública da região. 

Segundo um inquérito realizado em 1888, acerca da situação económica da ilha da Madeira, é referido, na publicação A Cana-de-Açúcar na Madeira (séculos XVIII-XX) que, para o fabrico de aguardente, era utilizada grande quantidade de cana-de-açúcar, sendo esta produzida na ilha. Contudo, no continente e ilhas adjacentes, foi proibido o estabelecimento de fábricas de álcool e aguardente, bem como, a modificação e ampliação dos já existentes no ano de 1890, devido ao excessivo consumo de aguardente na região. Em 1911, é publicado um decreto que expropria as fábricas de aguardente, pois a produção desta bebida chegava a rondar os 1.200 mil litros. 

A primeira aguardente de Cana “Branca” (a origem deste nome deve-se à sua pureza e limpidez) surgiu no antigo Engenho de Machico na década de 70. Posterior a isso, a produção de aguardente começa a ser feita no Porto da Cruz onde é criada a Companhia de Engenhos do Norte. Aqui eram utilizados engenhos a vapor fabricados no século XIX por Luís Clode, o seu criador. 

Hoje em dia estas máquinas ainda estão em funcionamento, podendo desfrutar de uma visita guiada aos engenhos enquanto lhe fazem uma breve explicação do seu procedimento.

Em 2013, a “J. Faria & Filhos, Lda.” tomou posse do Engenho mantendo sempre de forma fiel, a sua imagem e produção e esta é hoje uma marca de referência, tendo ganho uma medalha de Ouro em 2016, ano em que a empresa recebeu 3.200 toneladas de cana-de-açúcar unicamente para a produção desta bebida. 

Esta bebida foi bastante importante para a confecção da tradicional Poncha da Madeira. 

Aguardente de Cana Madeira

Como fazer Aguardente-de-Cana 
  • Depois de ter sido feita a colheita da cana-de-açúcar, é necessário que esta seja moída para que o bagaço seja separado do caldo de cana (liquido extraído da cana de açúcar no processo de moagem). 

  • Após a extração, o caldo é filtrado por uma peneira e por decantação, deixando para trás o bagacilho. 

  • Adiciona-se água ao caldo de cana para reduzir o brix. 

  • Após isso, vem a parte da fermentação que dura entre 14 a 24 horas. 

  • Para a fermentação são usados químicos, como o sulfato de amónia e antibióticos. A temperatura ideal durante a fermentação varia entre 28ºC a 32ºC. 

  • O próximo passo é a destilação, onde são usados alambiques de diferentes formatos e tamanhos com o intuito de destilar o vinho da cana, esta é feita com colunas de inox ou com alambiques de cobre. 

  • Durante a destilação em alambique artesanal são separados a cabeça (primeiro líquido que surge na destilação da cana-de-açúcar fermentada, que possui alta concentração de metanol: álcool extremamente tóxico para o corpo), o coração (volume correspondente a até 16% do volume total do vinho, ou aproximadamente 80% do total do destilado, etapa equivalente à parte central do processo de destilação) e o caldo (líquido presente no processo final de destilação, corresponde aproximadamente a 3,0% do volume total do vinho. É importante que seja retirado pois possui um sabor amargo e um odor intenso). A cabeça e o caldo são descartados, engarrafando-se apenas o coração. 

  • Após seguir todos estes passos, tem de armazenar a aguardente em dornas de inox antes de ser engarrafada ou em barris de madeira.

  • O último passo é engarrafa-la, mas antes disso tem de ser diluída e padronizada.

 

Para que seja chamado de aguardente, o seu teor alcoólico deve estar entre 38º a 48º. 

Artigos Relacionados

Lapas Madeira Receita
Lapas Madeira | Receita
<!DOCTYPE html> <html> <head> </head> <body> <h3 dir="ltr" style="text-align: justify;"><strong>Aguardente-de-Cana</strong></h3> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Aguardente de Cana &eacute; uma bebida bastante conhecida na ilha da Madeira. &Eacute; uma bebida de cor clara, quase transparente, quando produzida h&aacute; relativamente pouco tempo, ou de cor mais escura caso tenha sido produzida h&aacute; mais tempo. &Eacute; uma bebida resultante da fermenta&ccedil;&atilde;o alco&oacute;lica do sumo da cana sacarina. Aconselha-se vivamente que prove esta bebida t&iacute;pica caso visite a Madeira!</p> <p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" title="Aguardente de Cana Madeira" src="../../../../storage/uploads/tinymce/aguardente de cana madeira (3).jpg" alt="Aguardente de Cana Madeira" width="856" height="460" /></p> <h4 dir="ltr" style="text-align: justify;">A Hist&oacute;ria da Aguardente-de-Cana</h4> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Aguardente n&atilde;o foi originalmente criada na ilha da Madeira, mas sim no Brasil. No entanto, j&aacute; faz parte da nossa cultura h&aacute; long&iacute;nquos anos. Foi no ano de 1649, que o termo &ldquo;aguardente&rdquo; apareceu pela primeira vez na documenta&ccedil;&atilde;o madeirense. Tamb&eacute;m neste ano, a palavra &ldquo;aguardenteiro&rdquo; foi associada a &ldquo;aquele que faz aguardente&rdquo;. Contudo, a sua exist&ecirc;ncia na vida dos madeirenses &eacute;, provavelmente, anterior a isso.&nbsp;&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Madeira come&ccedil;ou a ser associada &agrave; aguardente ao ganhar a alcunha de &ldquo;ilha da aguardente&rdquo;. Desde o s&eacute;culo XVI, que est&aacute; testemunhada no patrim&oacute;nio documental da Madeira, ou seja, j&aacute; &eacute; muito antiga a sua valoriza&ccedil;&atilde;o na hist&oacute;ria local. Foi tamb&eacute;m, no primeiro quartel do s&eacute;culo XX, tema de debate social e pol&iacute;tico, como um problema relacionado com a sa&uacute;de p&uacute;blica da regi&atilde;o.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Segundo um inqu&eacute;rito realizado em 1888, acerca da situa&ccedil;&atilde;o econ&oacute;mica da ilha da Madeira, &eacute; referido, na publica&ccedil;&atilde;o A Cana-de-A&ccedil;&uacute;car na Madeira (s&eacute;culos XVIII-XX) que, para o fabrico de aguardente, era utilizada grande quantidade de cana-de-a&ccedil;&uacute;car, sendo esta produzida na ilha. Contudo, no continente e ilhas adjacentes, foi proibido o estabelecimento de f&aacute;bricas de &aacute;lcool e aguardente, bem como, a modifica&ccedil;&atilde;o e amplia&ccedil;&atilde;o dos j&aacute; existentes no ano de 1890, devido ao excessivo consumo de aguardente na regi&atilde;o. Em 1911, &eacute; publicado um decreto que expropria as f&aacute;bricas de aguardente, pois a produ&ccedil;&atilde;o desta bebida chegava a rondar os 1.200 mil litros.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A primeira aguardente de Cana &ldquo;Branca&rdquo; (a origem deste nome deve-se &agrave; sua pureza e limpidez) surgiu no antigo Engenho de Machico na d&eacute;cada de 70. Posterior a isso, a produ&ccedil;&atilde;o de aguardente come&ccedil;a a ser feita no Porto da Cruz onde &eacute; criada a Companhia de Engenhos do Norte. Aqui eram utilizados engenhos a vapor fabricados no s&eacute;culo XIX por Lu&iacute;s Clode, o seu criador.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Hoje em dia estas m&aacute;quinas ainda est&atilde;o em funcionamento, podendo desfrutar de uma visita guiada aos engenhos enquanto lhe fazem uma breve explica&ccedil;&atilde;o do seu procedimento.</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Em 2013, a &ldquo;J. Faria &amp; Filhos, Lda.&rdquo; tomou posse do Engenho mantendo sempre de forma fiel, a sua imagem e produ&ccedil;&atilde;o e esta &eacute; hoje uma marca de refer&ecirc;ncia, tendo ganho uma medalha de Ouro em 2016, ano em que a empresa recebeu 3.200 toneladas de cana-de-a&ccedil;&uacute;car unicamente para a produ&ccedil;&atilde;o desta bebida.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Esta bebida foi bastante importante para a confec&ccedil;&atilde;o da tradicional Poncha da Madeira.&nbsp;<br /><br /></p> <p dir="ltr"><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" title="Aguardente de Cana Madeira" src="../../../../storage/uploads/tinymce/aguardente de cana madeira (1).jpg" alt="Aguardente de Cana Madeira" width="856" height="460" /></p> <h5 dir="ltr" style="text-align: justify;">Como fazer Aguardente-de-Cana&nbsp;</h5> <ul style="text-align: justify;"> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Depois de ter sido feita a colheita da cana-de-a&ccedil;&uacute;car, &eacute; necess&aacute;rio que esta seja mo&iacute;da para que o baga&ccedil;o seja separado do caldo de cana (liquido extra&iacute;do da cana de a&ccedil;&uacute;car no processo de moagem).&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Ap&oacute;s a extra&ccedil;&atilde;o, o caldo &eacute; filtrado por uma peneira e por decanta&ccedil;&atilde;o, deixando para tr&aacute;s o bagacilho.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Adiciona-se &aacute;gua ao caldo de cana para reduzir o brix.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Ap&oacute;s isso, vem a parte da fermenta&ccedil;&atilde;o que dura entre 14 a 24 horas.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Para a fermenta&ccedil;&atilde;o s&atilde;o usados qu&iacute;micos, como o sulfato de am&oacute;nia e antibi&oacute;ticos. A temperatura ideal durante a fermenta&ccedil;&atilde;o varia entre 28&ordm;C a 32&ordm;C.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">O pr&oacute;ximo passo &eacute; a destila&ccedil;&atilde;o, onde s&atilde;o usados alambiques de diferentes formatos e tamanhos com o intuito de destilar o vinho da cana, esta &eacute; feita com colunas de inox ou com alambiques de cobre.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Durante a destila&ccedil;&atilde;o em alambique artesanal s&atilde;o separados a cabe&ccedil;a (primeiro l&iacute;quido que surge na destila&ccedil;&atilde;o da cana-de-a&ccedil;&uacute;car fermentada, que possui alta concentra&ccedil;&atilde;o de metanol: &aacute;lcool extremamente t&oacute;xico para o corpo), o cora&ccedil;&atilde;o (volume correspondente a at&eacute; 16% do volume total do vinho, ou aproximadamente 80% do total do destilado, etapa equivalente &agrave; parte central do processo de destila&ccedil;&atilde;o) e o caldo (l&iacute;quido presente no processo final de destila&ccedil;&atilde;o, corresponde aproximadamente a 3,0% do volume total do vinho. &Eacute; importante que seja retirado pois possui um sabor amargo e um odor intenso). A cabe&ccedil;a e o caldo s&atilde;o descartados, engarrafando-se apenas o cora&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Ap&oacute;s seguir todos estes passos, tem de armazenar a aguardente em dornas de inox antes de ser engarrafada ou em barris de madeira.</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">O &uacute;ltimo passo &eacute; engarrafa-la, mas antes disso tem de ser dilu&iacute;da e padronizada.</p> </li> </ul> <p style="text-align: justify;">&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Para que seja chamado de aguardente, o seu teor alco&oacute;lico deve estar entre 38&ordm; a 48&ordm;.&nbsp;</p> </body> </html>
Ler mais
Poncha da Madeira
Poncha da Madeira
<!DOCTYPE html> <html> <head> </head> <body> <h3 dir="ltr" style="text-align: justify;"><strong>Aguardente-de-Cana</strong></h3> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Aguardente de Cana &eacute; uma bebida bastante conhecida na ilha da Madeira. &Eacute; uma bebida de cor clara, quase transparente, quando produzida h&aacute; relativamente pouco tempo, ou de cor mais escura caso tenha sido produzida h&aacute; mais tempo. &Eacute; uma bebida resultante da fermenta&ccedil;&atilde;o alco&oacute;lica do sumo da cana sacarina. Aconselha-se vivamente que prove esta bebida t&iacute;pica caso visite a Madeira!</p> <p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" title="Aguardente de Cana Madeira" src="../../../../storage/uploads/tinymce/aguardente de cana madeira (3).jpg" alt="Aguardente de Cana Madeira" width="856" height="460" /></p> <h4 dir="ltr" style="text-align: justify;">A Hist&oacute;ria da Aguardente-de-Cana</h4> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Aguardente n&atilde;o foi originalmente criada na ilha da Madeira, mas sim no Brasil. No entanto, j&aacute; faz parte da nossa cultura h&aacute; long&iacute;nquos anos. Foi no ano de 1649, que o termo &ldquo;aguardente&rdquo; apareceu pela primeira vez na documenta&ccedil;&atilde;o madeirense. Tamb&eacute;m neste ano, a palavra &ldquo;aguardenteiro&rdquo; foi associada a &ldquo;aquele que faz aguardente&rdquo;. Contudo, a sua exist&ecirc;ncia na vida dos madeirenses &eacute;, provavelmente, anterior a isso.&nbsp;&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Madeira come&ccedil;ou a ser associada &agrave; aguardente ao ganhar a alcunha de &ldquo;ilha da aguardente&rdquo;. Desde o s&eacute;culo XVI, que est&aacute; testemunhada no patrim&oacute;nio documental da Madeira, ou seja, j&aacute; &eacute; muito antiga a sua valoriza&ccedil;&atilde;o na hist&oacute;ria local. Foi tamb&eacute;m, no primeiro quartel do s&eacute;culo XX, tema de debate social e pol&iacute;tico, como um problema relacionado com a sa&uacute;de p&uacute;blica da regi&atilde;o.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Segundo um inqu&eacute;rito realizado em 1888, acerca da situa&ccedil;&atilde;o econ&oacute;mica da ilha da Madeira, &eacute; referido, na publica&ccedil;&atilde;o A Cana-de-A&ccedil;&uacute;car na Madeira (s&eacute;culos XVIII-XX) que, para o fabrico de aguardente, era utilizada grande quantidade de cana-de-a&ccedil;&uacute;car, sendo esta produzida na ilha. Contudo, no continente e ilhas adjacentes, foi proibido o estabelecimento de f&aacute;bricas de &aacute;lcool e aguardente, bem como, a modifica&ccedil;&atilde;o e amplia&ccedil;&atilde;o dos j&aacute; existentes no ano de 1890, devido ao excessivo consumo de aguardente na regi&atilde;o. Em 1911, &eacute; publicado um decreto que expropria as f&aacute;bricas de aguardente, pois a produ&ccedil;&atilde;o desta bebida chegava a rondar os 1.200 mil litros.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A primeira aguardente de Cana &ldquo;Branca&rdquo; (a origem deste nome deve-se &agrave; sua pureza e limpidez) surgiu no antigo Engenho de Machico na d&eacute;cada de 70. Posterior a isso, a produ&ccedil;&atilde;o de aguardente come&ccedil;a a ser feita no Porto da Cruz onde &eacute; criada a Companhia de Engenhos do Norte. Aqui eram utilizados engenhos a vapor fabricados no s&eacute;culo XIX por Lu&iacute;s Clode, o seu criador.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Hoje em dia estas m&aacute;quinas ainda est&atilde;o em funcionamento, podendo desfrutar de uma visita guiada aos engenhos enquanto lhe fazem uma breve explica&ccedil;&atilde;o do seu procedimento.</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Em 2013, a &ldquo;J. Faria &amp; Filhos, Lda.&rdquo; tomou posse do Engenho mantendo sempre de forma fiel, a sua imagem e produ&ccedil;&atilde;o e esta &eacute; hoje uma marca de refer&ecirc;ncia, tendo ganho uma medalha de Ouro em 2016, ano em que a empresa recebeu 3.200 toneladas de cana-de-a&ccedil;&uacute;car unicamente para a produ&ccedil;&atilde;o desta bebida.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Esta bebida foi bastante importante para a confec&ccedil;&atilde;o da tradicional Poncha da Madeira.&nbsp;<br /><br /></p> <p dir="ltr"><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" title="Aguardente de Cana Madeira" src="../../../../storage/uploads/tinymce/aguardente de cana madeira (1).jpg" alt="Aguardente de Cana Madeira" width="856" height="460" /></p> <h5 dir="ltr" style="text-align: justify;">Como fazer Aguardente-de-Cana&nbsp;</h5> <ul style="text-align: justify;"> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Depois de ter sido feita a colheita da cana-de-a&ccedil;&uacute;car, &eacute; necess&aacute;rio que esta seja mo&iacute;da para que o baga&ccedil;o seja separado do caldo de cana (liquido extra&iacute;do da cana de a&ccedil;&uacute;car no processo de moagem).&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Ap&oacute;s a extra&ccedil;&atilde;o, o caldo &eacute; filtrado por uma peneira e por decanta&ccedil;&atilde;o, deixando para tr&aacute;s o bagacilho.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Adiciona-se &aacute;gua ao caldo de cana para reduzir o brix.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Ap&oacute;s isso, vem a parte da fermenta&ccedil;&atilde;o que dura entre 14 a 24 horas.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Para a fermenta&ccedil;&atilde;o s&atilde;o usados qu&iacute;micos, como o sulfato de am&oacute;nia e antibi&oacute;ticos. A temperatura ideal durante a fermenta&ccedil;&atilde;o varia entre 28&ordm;C a 32&ordm;C.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">O pr&oacute;ximo passo &eacute; a destila&ccedil;&atilde;o, onde s&atilde;o usados alambiques de diferentes formatos e tamanhos com o intuito de destilar o vinho da cana, esta &eacute; feita com colunas de inox ou com alambiques de cobre.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Durante a destila&ccedil;&atilde;o em alambique artesanal s&atilde;o separados a cabe&ccedil;a (primeiro l&iacute;quido que surge na destila&ccedil;&atilde;o da cana-de-a&ccedil;&uacute;car fermentada, que possui alta concentra&ccedil;&atilde;o de metanol: &aacute;lcool extremamente t&oacute;xico para o corpo), o cora&ccedil;&atilde;o (volume correspondente a at&eacute; 16% do volume total do vinho, ou aproximadamente 80% do total do destilado, etapa equivalente &agrave; parte central do processo de destila&ccedil;&atilde;o) e o caldo (l&iacute;quido presente no processo final de destila&ccedil;&atilde;o, corresponde aproximadamente a 3,0% do volume total do vinho. &Eacute; importante que seja retirado pois possui um sabor amargo e um odor intenso). A cabe&ccedil;a e o caldo s&atilde;o descartados, engarrafando-se apenas o cora&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Ap&oacute;s seguir todos estes passos, tem de armazenar a aguardente em dornas de inox antes de ser engarrafada ou em barris de madeira.</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">O &uacute;ltimo passo &eacute; engarrafa-la, mas antes disso tem de ser dilu&iacute;da e padronizada.</p> </li> </ul> <p style="text-align: justify;">&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Para que seja chamado de aguardente, o seu teor alco&oacute;lico deve estar entre 38&ordm; a 48&ordm;.&nbsp;</p> </body> </html>
Ler mais
15 Bebidas Típicas da Ilha da Madeira
15 Bebidas Típicas da Ilha da Madeira
<!DOCTYPE html> <html> <head> </head> <body> <h3 dir="ltr" style="text-align: justify;"><strong>Aguardente-de-Cana</strong></h3> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Aguardente de Cana &eacute; uma bebida bastante conhecida na ilha da Madeira. &Eacute; uma bebida de cor clara, quase transparente, quando produzida h&aacute; relativamente pouco tempo, ou de cor mais escura caso tenha sido produzida h&aacute; mais tempo. &Eacute; uma bebida resultante da fermenta&ccedil;&atilde;o alco&oacute;lica do sumo da cana sacarina. Aconselha-se vivamente que prove esta bebida t&iacute;pica caso visite a Madeira!</p> <p><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" title="Aguardente de Cana Madeira" src="../../../../storage/uploads/tinymce/aguardente de cana madeira (3).jpg" alt="Aguardente de Cana Madeira" width="856" height="460" /></p> <h4 dir="ltr" style="text-align: justify;">A Hist&oacute;ria da Aguardente-de-Cana</h4> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Aguardente n&atilde;o foi originalmente criada na ilha da Madeira, mas sim no Brasil. No entanto, j&aacute; faz parte da nossa cultura h&aacute; long&iacute;nquos anos. Foi no ano de 1649, que o termo &ldquo;aguardente&rdquo; apareceu pela primeira vez na documenta&ccedil;&atilde;o madeirense. Tamb&eacute;m neste ano, a palavra &ldquo;aguardenteiro&rdquo; foi associada a &ldquo;aquele que faz aguardente&rdquo;. Contudo, a sua exist&ecirc;ncia na vida dos madeirenses &eacute;, provavelmente, anterior a isso.&nbsp;&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A Madeira come&ccedil;ou a ser associada &agrave; aguardente ao ganhar a alcunha de &ldquo;ilha da aguardente&rdquo;. Desde o s&eacute;culo XVI, que est&aacute; testemunhada no patrim&oacute;nio documental da Madeira, ou seja, j&aacute; &eacute; muito antiga a sua valoriza&ccedil;&atilde;o na hist&oacute;ria local. Foi tamb&eacute;m, no primeiro quartel do s&eacute;culo XX, tema de debate social e pol&iacute;tico, como um problema relacionado com a sa&uacute;de p&uacute;blica da regi&atilde;o.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Segundo um inqu&eacute;rito realizado em 1888, acerca da situa&ccedil;&atilde;o econ&oacute;mica da ilha da Madeira, &eacute; referido, na publica&ccedil;&atilde;o A Cana-de-A&ccedil;&uacute;car na Madeira (s&eacute;culos XVIII-XX) que, para o fabrico de aguardente, era utilizada grande quantidade de cana-de-a&ccedil;&uacute;car, sendo esta produzida na ilha. Contudo, no continente e ilhas adjacentes, foi proibido o estabelecimento de f&aacute;bricas de &aacute;lcool e aguardente, bem como, a modifica&ccedil;&atilde;o e amplia&ccedil;&atilde;o dos j&aacute; existentes no ano de 1890, devido ao excessivo consumo de aguardente na regi&atilde;o. Em 1911, &eacute; publicado um decreto que expropria as f&aacute;bricas de aguardente, pois a produ&ccedil;&atilde;o desta bebida chegava a rondar os 1.200 mil litros.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">A primeira aguardente de Cana &ldquo;Branca&rdquo; (a origem deste nome deve-se &agrave; sua pureza e limpidez) surgiu no antigo Engenho de Machico na d&eacute;cada de 70. Posterior a isso, a produ&ccedil;&atilde;o de aguardente come&ccedil;a a ser feita no Porto da Cruz onde &eacute; criada a Companhia de Engenhos do Norte. Aqui eram utilizados engenhos a vapor fabricados no s&eacute;culo XIX por Lu&iacute;s Clode, o seu criador.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Hoje em dia estas m&aacute;quinas ainda est&atilde;o em funcionamento, podendo desfrutar de uma visita guiada aos engenhos enquanto lhe fazem uma breve explica&ccedil;&atilde;o do seu procedimento.</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Em 2013, a &ldquo;J. Faria &amp; Filhos, Lda.&rdquo; tomou posse do Engenho mantendo sempre de forma fiel, a sua imagem e produ&ccedil;&atilde;o e esta &eacute; hoje uma marca de refer&ecirc;ncia, tendo ganho uma medalha de Ouro em 2016, ano em que a empresa recebeu 3.200 toneladas de cana-de-a&ccedil;&uacute;car unicamente para a produ&ccedil;&atilde;o desta bebida.&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Esta bebida foi bastante importante para a confec&ccedil;&atilde;o da tradicional Poncha da Madeira.&nbsp;<br /><br /></p> <p dir="ltr"><img style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto;" title="Aguardente de Cana Madeira" src="../../../../storage/uploads/tinymce/aguardente de cana madeira (1).jpg" alt="Aguardente de Cana Madeira" width="856" height="460" /></p> <h5 dir="ltr" style="text-align: justify;">Como fazer Aguardente-de-Cana&nbsp;</h5> <ul style="text-align: justify;"> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Depois de ter sido feita a colheita da cana-de-a&ccedil;&uacute;car, &eacute; necess&aacute;rio que esta seja mo&iacute;da para que o baga&ccedil;o seja separado do caldo de cana (liquido extra&iacute;do da cana de a&ccedil;&uacute;car no processo de moagem).&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Ap&oacute;s a extra&ccedil;&atilde;o, o caldo &eacute; filtrado por uma peneira e por decanta&ccedil;&atilde;o, deixando para tr&aacute;s o bagacilho.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Adiciona-se &aacute;gua ao caldo de cana para reduzir o brix.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Ap&oacute;s isso, vem a parte da fermenta&ccedil;&atilde;o que dura entre 14 a 24 horas.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Para a fermenta&ccedil;&atilde;o s&atilde;o usados qu&iacute;micos, como o sulfato de am&oacute;nia e antibi&oacute;ticos. A temperatura ideal durante a fermenta&ccedil;&atilde;o varia entre 28&ordm;C a 32&ordm;C.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">O pr&oacute;ximo passo &eacute; a destila&ccedil;&atilde;o, onde s&atilde;o usados alambiques de diferentes formatos e tamanhos com o intuito de destilar o vinho da cana, esta &eacute; feita com colunas de inox ou com alambiques de cobre.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Durante a destila&ccedil;&atilde;o em alambique artesanal s&atilde;o separados a cabe&ccedil;a (primeiro l&iacute;quido que surge na destila&ccedil;&atilde;o da cana-de-a&ccedil;&uacute;car fermentada, que possui alta concentra&ccedil;&atilde;o de metanol: &aacute;lcool extremamente t&oacute;xico para o corpo), o cora&ccedil;&atilde;o (volume correspondente a at&eacute; 16% do volume total do vinho, ou aproximadamente 80% do total do destilado, etapa equivalente &agrave; parte central do processo de destila&ccedil;&atilde;o) e o caldo (l&iacute;quido presente no processo final de destila&ccedil;&atilde;o, corresponde aproximadamente a 3,0% do volume total do vinho. &Eacute; importante que seja retirado pois possui um sabor amargo e um odor intenso). A cabe&ccedil;a e o caldo s&atilde;o descartados, engarrafando-se apenas o cora&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">Ap&oacute;s seguir todos estes passos, tem de armazenar a aguardente em dornas de inox antes de ser engarrafada ou em barris de madeira.</p> </li> <li dir="ltr"> <p dir="ltr" role="presentation">O &uacute;ltimo passo &eacute; engarrafa-la, mas antes disso tem de ser dilu&iacute;da e padronizada.</p> </li> </ul> <p style="text-align: justify;">&nbsp;</p> <p dir="ltr" style="text-align: justify;">Para que seja chamado de aguardente, o seu teor alco&oacute;lico deve estar entre 38&ordm; a 48&ordm;.&nbsp;</p> </body> </html>
Ler mais
Descubra o nosso Blog