Itinerário histórico-cultural no Funchal
Aqui pode encontrar uma lista de museus que a Madeira tem para oferecer, incluindo a história do Funchal, que remonta ao século XIV. Poderá guiar a sua curiosidade com este mapa que mostra a localização dos museus. No final da jornada, conhecerá tudo sobre o vinho da Madeira, a história do bordado, o cristianismo, encontrará fauna e flora, conhecerá pessoas importantes que moraram aqui e verá artefatos valiosos da ilha.
Museu da eletricidade
O que era o museu da eletricidade em 1897?
O Museu da Eletricidade foi instalado onde ficava a antiga Usina do Funchal, inaugurada em junho de 1897.
Esta foi a primeira empresa de eletricidade, e foi desativada apenas em 1989, mas está instalada desde então o 'Museu Casa da Luz'. A sua coleção é composta por raros modelos de máquinas e equipamentos com mais de meio século. Os visitantes aqui podem experimentar o passado, o presente e o futuro das tecnologias elétricas na Madeira.
Este museu pode não ser a opção de todos, mas, para quem se interessa acerca da história e engenharia ou da indústria, é imperdível.
O que ver dentro do museu?
Uma primeira área de exibição mostra uma exposição sobre os diferentes tipos de iluminação usados ??no Funchal, desde os candeeiros a óleo até lâmpadas de rua atuais.
“Um século de eletricidade” é o nome da segunda área temática e apresenta o histórico de progressão da eletrificação no arquipélago. Este espaço é dedicado também a um modelo de várias usinas de energia e a um mapa tridimensional da ilha, mostrando quando e onde a eletricidade foi surgindo.
A terceira área possui ciência e tecnologia, que fornece equipamentos de software interativo para multimídia, onde pode encontrar um capacete de realidade virtual, uma bola de plasma, uma bicicleta, onde poderá se sentar e gerar eletricidade através da energia, e sistemas de fibra óptica.
Madeira Story Center
O que é o Madeira Story Center?
O Madeira Story Center é um museu localizado na Cidade Velha do Funchal, onde conhecerá toda a história da Madeira de uma maneira divertida.
Este lugar ilustra a história e o desenvolvimento da cultura da Madeira, da qual se sentirá parte porque pode interagir com as exposições e sentir o ambiente de diferentes épocas através da audição e do olfato.
Este lugar deve ser o seu ponto de partida para visitar a Madeira, porque mesmo que não seja um "apreciador de museus", o Madeira Story Center pode ser uma ótima maneira de fazer parte das grandes coisas para ver e fazer enquanto estiver na Madeira.
O que ver dentro do museu?
Comece no último andar, este possui um terraço com vista para o mar e plantas endêmicas que se estendem por toda a volta (como cana-de-açúcar e uvas que produzem o Vinho Madeira).
No andar de baixo, este museu exibe exposições desde as origens vulcânicas com vários tipos de rochas existentes na ilha, até atrações interativas, organizadas pela evolução da história, desde as primeiras referências da ilha até as várias lendas sobre sua descoberta, até à descoberta e evolução da cana-de-açúcar, do vinho da Madeira e muitas outras histórias sobre navegação, cultura, flora e fauna darão uma ótima introdução à ilha.
Instituto de Bordados e Vinhos da Madeira
Do que se trata este instituto?
O Instituto do Vinho da Madeira visa preservar e garantir o futuro da arte regional e produzir um bom vinho, garantindo a disciplina com a produção e comercialização do Vinho da Madeira e, em geral, coordenar todas as atividades vitivinícolas da Ilha.
Como surgiu o mercado do bordado?
O bordado faz parte da história e cultura da Madeira e foi originalmente introduzido em 1784 pela família inglesa Phelps, uma rica expedidora de vinhos. Elizabeth Phelps, filha de Joseph Phelps, iniciou toda esta indústria de bordados, com seu próprio design, habilidades e com as suas influências com o exterior. Ela começou a vender o trabalho das bordadeiras madeirenses aos salões da Inglaterra vitoriana, e mais tarde começou a ensinar crianças e mulheres a bordar, que ainda hoje continua sendo uma parte importante da economia regional junto com o mercado do vinho.
Os países que mais importavam bordados eram nomeadamente, a Inglaterra e a Alemanha, até que se tornou tão conhecido que, no século XX, as exportações de bordados da Madeira ganharam uma dimensão mundial. Foi tão reconhecido internacionalmente pela sua arte e tradição que, em 1985, a estátua da imagem apresentada foi erguida por 'Anjos Teixeira' para homenagear a tradicional profissão e ensino de bordados da Madeira.
A empresa de vinhos e bordados da Madeira está localizada onde antes era a Associação Industrial de Bordados da Madeira, inaugurada em 1958 e projetada pelo arquiteto Fabrício Rodrigues, onde o principal objetivo é exibir o mais importante artesanato regional e sua evolução.
Museu Mary Jane Wilson
Quem foi Mary Jane Wilson?
Mary Jane Wilson, foi a fundadora da Congregação Franciscana de Nossa Senhora das Vitórias, esta nasceu na Índia, mas mudou-se para a Madeira para cuidar de uma paciente inglesa e desde então viveu o resto de sua vida na ilha. Entre o povo madeirense, ela era conhecida como a “boa mãe”, porque se dedicou a educar crianças, cuidar de doentes e instituir várias obras em favor dos pobres.
O que ver dentro do museu?
Este museu é uma homenagem a Mary Jane Wilson e ao seu trabalho na criação de orfanatos e escolas. Quando entra no museu, pode encontrar a vida da irmã e várias obras com exposições de documentos, fotografias antigas e objetos pessoais.
A segunda sala é para oração e lembrança que visa se converter ao catolicismo e, na terceira e quarta sala, mostra seu trabalho como enfermeira, nomeadamente durante o surto de varíola em 1906. Na quinta e última sala, há uma coleção de desenhos feitos nos anos 50 do século XIX, com ênfase nas paisagens inglesas.
Há duas esculturas na Madeira relacionadas com esta personagem, a primeira no Funchal e a segunda em Santa Cruz, onde podemos ver Mary Jane Wilson sentada com três filhos, um no colo e um de cada lado. Representa sua bondade e enorme compaixão pelas crianças, tendo sido uma de suas maiores ocupações enquanto vivia.
Museu Cidade do Açucar
O que era o museu da cidade do açúcar?
A cana-de-açúcar era a indústria económica principal desta ilha e este museu traça a história da Madeira através da ascensão deste comércio. No início do século XVI, este museu foi construído como uma casa que se tornou muito famosa devido à sua riqueza e tamanho.
Esta casa pertencia a João Esmeraldo e foi onde recebeu Cristóvão Colombo quando este foi à ilha, para lidar com negócios relacionados à cana-de-açúcar ou até mesmo quando este fez a sua terceira viagem à América, por isso a casa foi nomeada como '' casa de Colombo ''.Infelizmente, algumas casas foram demolidas em 1876, e a casa do colombo não foi exceção, e acabou por ser utilizada como armazém de cereais.
Após um grande incêndio nos anos 70 a edifício em questão ficou a degradado, e então decidiu-se recuperar toda essa área como praça, onde encontraram alguns elementos arqueológicos importantes. Atualmente, parte do material encontrado está em exibição no museu do açúcar na Praça do Colombo.
O que ver dentro do museu?
O Museu da Cidade do Açúcar não pretende ser um espaço para identificar a memória da produção e da tecnologia do açúcar, este tem um objetivo principal, que é ser reconhecido arqueologicamente, principalmente com a escavação em 1989 da antiga casa de João Esmeraldo em Cidade do Funchal.
Museu de Arte Sacra do Funchal
O que representava o edifício do 'Museu Arte Sacra'?
O Museu de Arte Sacra do Funchal está localizado na 'Praça Episcopal' porque foi implantado onde antes era um palácio onde os bispos do Funchal viviam, do século XVI ao século XIX. Depois disso, em 1911, pertenceu ao Tesouro Nacional. Após o terramoto de 1748 na ilha da Madeira, o palácio foi remodelado sob a coordenação do bispo do Funchal D. João do Nascimento.
Entre 1914 e 1943, trabalhou como Liceu do Funchal e, após o seu encerramento, foi transformado e adaptado para o Museu Diocesano. Séculos XV a XIX.
O que ver dentro do museu?
Uma das melhores coleções que destacamos são as pinturas flamengas encomendadas de Bruges e Antuérpia que chegaram á Madeira no auge da produção de açúcar. Os painéis flamengos que se destacam não apenas pela alta qualidade, mas também pelas grandes dimensões, não são comuns nos museus da Europa.
Focamos também na pintura portuguesa, o ‘Ecce Homo’ e a ‘Ascensão de Cristo’, que datam o século XVI. Relativamente às joias, que abrange os séculos XV a XIX, destaca-se a cruz processional de Água de Pena do século XIX, uma bandeja e um cálice de Antuérpia, bem como a cruz processional oferecida por D. Manuel I à Catedral de Funchal.
Madeira Wine Company-The Blandy's
Como esta empresa se tornou a ‘The Blandy's’?
John Blandy, fundador da Blandy's, chegou à Madeira em 1808 por motivos financeiros e de saúde.
Em 1811, John, tornou-se exportador e comerciante, e começou a escrever uma história que marcaria toda a família e também a própria ilha, através da produção de um vinho famoso e único no mundo - o vinho da Madeira. Depois disso, John Blandy foi para muitos países em vários continentes, vendendo vinhos como a Rússia, o norte da Europa, as Antilhas e o continente americano, expandindo sua atividade.
Em 1840, Charles Blandy, seu filho, comprou o prédio que abriga hoje as "Lojas de Vinho Blandy" no Funchal - também conhecido como Adegas de São Francisco.
Todos os vinhos têm perfis diferentes de envelhecimento com base em na sua localização, o que significa que cada um dos quartos da cave do edifício Blandy’s tem um caráter diferente, relacionado à temperatura e humidade. Como podemos ver na figura abaixo, mostra o logo da empresa com o nome 'Blandy's', a família principal que o criou, depois está mencionado a'' Madeira Wine Association '', porque em 1925 a Blandy's decidiu se juntar a um grupo de empresas de vinho para maximizar as vendas e '' Leacock '' porque a empresa da família Blandy's e Leacock se juntou, tornando-se assim o maior produtor e exportador de vinho da Madeira.
No final dos anos 70, apenas a família Blandy detinha o controlo da empresa, e em 1989, a família Blandy convidou os ‘Symington’ do porto, mais uma vez para fortalecer as vendas e o mercado. Esta parceria continuou até os dias atuais, permitindo que a Madeira Wine Company tenha um papel de liderança no vinho da Madeira.
Atualmente, o museu possui artefactos que incluem cartas de Winston Churchill, moedas do banco de Blandy, o lagar de madeira mais antigo da ilha e vinho dos anos 20 que podemos encontrar na cave.
Estes são alguns dos passeios que pode fazer neste museu para provar o vinho de Blandy.
Madeira Film Experience
Para realmente apreciar o que é a Madeira e como tudo começou, esta apresentação é realmente necessária para conhecer sua jornada por 600 anos de história, bem retratada e com os detalhes mais importantes da nossa história.
A "Madeira Film Experience '' é um filme de 30 minutos que mostra como os habitantes das ilhas superaram a fome, o isolamento, a revolução e a guerra para sobreviver até hoje de maneira cronológica. As sessões estão disponíveis em holandês, inglês, francês, alemão e português.
Museu Frederico de Freitas
O que era esse prédio antes do museu?
Desde o século XVII, este edifício era conhecido como '' Casa do Calaça '' porque era a residência dos condes da Calçada e seus antepassados, mas por volta de 1941, a casa foi arrendada por Frederico de Freitas, que nasceu no Funchal e era um advogado e notário da terra, mas também um grande colecionador de artes decorativas.
A coleção deste museu é composta por móveis, esculturas, pinturas, cerâmicas, gravuras, cristais e objetos de estanho, datados dos séculos XVII ao XIX.
A visita deste museu inclui três partes diferentes:
A primeira refere-se à Casa da Calçada, onde o visitante acede a salões, a quartos de dormir, sala de jogos, sala de jantar, sala de chá e cozinha, tentando recriar o ambiente da antiga casa da Colecionador.
Estes quartos têm pinturas europeias, cerâmica decorativa que é disposta no mobiliário ou nas vitrines, temas e objetos relacionados à Madeira, como coleções de desenhos, figuras eruditas e populares, ilustrando algumas tradições locais, ainda com móveis e esculturas que são os exemplos mais evidentes da região datando o século XIX.
A segunda etapa da visita é a 'Casa dos Azulejos', cuja entrada dá acesso ao espaço pequeno e minimalista do jardim com uma Coleção de Azulejos, formado por painéis de dimensões grandes ou pequenas, ou isolados, quando mais raros. Distribui-se pelos quatro andares da exposição de acordo com uma lógica cronológica, evocando a evolução dos azulejos desde o início até o presente. Esta exposição possui um espaço dedicado à fabricação de azulejos, mostrando diversas técnicas utilizadas, principalmente mostrando peças orientais, islâmicas e medievais, diferentes argilas, apetrechos e esmaltes.
Frederico Freitas realmente apreciava artefactos da madeira e é por isso que ele também colecionou vários tipos de canecas, com gravuras relacionadas à Madeira do século XVIII. Sendo que a terceira parte é o final da visita com um espaço de Exposição Temporária.
Quinta das Cruzes
Sabia que?
Sabia que a Quinta das Cruzes está relacionada diretamente com a história da cidade do Funchal? Este edifício foi a última residência de João Gonçalves Zarco, o descobridor da Ilha da Madeira! Este local representa mais de 500 anos de história da ilha. Após a sua morte, este edifício continuou uma importante transformação económica da sociedade da ilha, porque foi a sede da 'Banda Filarmónica do Funchal' (1929-33) '’,consultório médico e uma fábrica de bordados (1945-48). ), relacionado à família Miguéis, a última proprietária da Quinta das Cruzes.
O que ver por dentro?
Em 1946, o ourives César Filipe Gomes tinha um objetivo: criar um museu na quinta das Cruzes e, por isso, doou toda a sua coleção de arte e antiguidades à Junta Geral do Funchal. César Gomes doou um conjunto de peças de joalheria com 260 peças, incluindo de natureza religiosa e profana, além de pequenos objetos de adornos femininos e masculinos, como anéis, pingentes, brincos, pentes, fivelas, caixas de rapé, relógios, entre outros. Este ourives ainda contribuiu muito para a coleção Museum de imobiliário, que hoje é composta por 371 peças. Nesta coleção, os móveis de influência inglesa são particularmente relevantes, mas também existem peças de diversas partes, como Espanha, França, Índia e Japão. Dentro deste museu, ainda pode encontrar o grupo de Cerâmica que compreende 699 peças de porcelana. O conjunto de Desenhos e Gravuras compreende um total de 446 peças, entre as quais vários autores, alguns dos quais visitaram a Ilha da Madeira no século XIX, como Andrew Picken, Emily Geneviève Smith, Frank Dillon e Rudolph Ackermann. Nesta coleção, podemos encontrar diversas paisagens, costumes e tradições, na tentativa de capturar as experiências “típicas” da Madeira. Entre essas peças, ainda pode ver principalmente itens religiosos, como esculturas, instrumentos musicais, meios de transporte, têxteis e metais.
Museu de História Natural do Funchal
A casa da família Carvalhal…
Este edifício foi construído por ordem da família Carvalhal no século XVIII e foi um dos mais belos edifícios do Funchal e as obras mais significativas da arquitetura civil portuguesa, que é hoje o chamado de 'Palácio de São Pedro'.
Ao longo de seus longos anos de existência, este palácio funcionou como um hotel, faculdade e em 1929 como a biblioteca municipal, sendo que hoje é o Museu Municipal de História Natural do Funchal, que inclui um significativo aquário.
Este é o museu mais antigo da Ilha da Madeira e possui 41.000 variedades de espécies animais, incluindo peixes, aves, mamíferos marinhos e terrestres, répteis marinhos, insetos e outros invertebrados, além de fósseis marinhos do Porto Santo. O Aquário Municipal possui 15 tanques de exposição, onde estão representados os elementos mais importantes da fauna marinha costeira da Madeira.
Você também pode encontrar um Jardim de Plantas Aromáticas e Medicinais, onde é possível observar algumas dezenas de plantas medicinais e aromáticas usadas e também algumas plantas indígenas e endêmicas do arquipélago, incluindo uma coleção de rochas e minerais.
Se estiver interessado em alguns monumentos e museus, também pode reservar connosco um tuk tuk ou ‘red bus’.